Quem observa de fora pela primeira vez o caso da Esmeralda poderá ser tentado a ficar com a noção que os doutos pedopsiquiatras terão a verdade absoluta. Além disso, a opinião de uma educadora de infância que se dá ao trabalho de dar dicas sobre os desenhos da família que a Esmeralda realiza, também não me parece ser a situação mais idónea e correcta. Por muita experiência que os educadores tenham, não podem fazer anállises selvagens, pois que o «Teste do Desenho da Família», é uma prova que deve somente ser utilizada em contexto de psicologia clínica, e não através de análises ao sabor do gosto de cada um. Convém ainda ressalvar, que o que está errado nesta história toda, é que a Esmeralda deveria ter sido imediatamente entregue ao pai biológico, pois que tal foi a decisão do tribunal na altura.
Tentar que após 6 anos sobre uma sentença, esta se transforme numa outra coisa que não a primeira, é estar a ir contra toda a dignidade do ser humano.
É preciso não esquecer, que em Portugal muitas crianças foram educadas pelos seus «padrinhos» e não pelos pais, mas aqui existia nessa altura a figura de padrinhos no Código Civil. Actualmente até parece que ela desapareceu.
Gostava de ver a Esmeralda entregue ao pai biológico de uma vez por todas, pois que não existe necessidade alguma de estar a dar medicações de Risperdal, Concertas e outros medicamentos, para uma Hiperactividade e Desatenção que na realidade só tem que ser dados porque a Esmeralda sente que inconsciente está a ser usada e abusada.
E deveria ser nesta situação do inconsciente que todos deveriam começar a trabalhar. A Esmeralda/Ana Filipa está a começar a criar dentro de si uma raiva surda contra os pais afectivos e ao mesmo tempo contra a própria sociedade, pois que esta a deveria proteger e não protege.
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