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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Sobre o furacão Ophelia

Ainda sobre o furacão Ophelia. Segundo uma das muitas imagens de satélite do caminho do furacão, aparecidas na comunicação social, pode destacar-se esta, na qual se vê que a passagem do dito furacão iria sobrar para Portugal, nas suas franjas laterais, provocando ventos com velocidade muito significativos a passar na zona acima de Lisboa. Não acredito que tenha sido só os elementos da Proteção Civil e a Câmara Municipal de Abrantes a ativar todos os meios para qualquer eventualidade. Muita coisa falhou, e como todos sabemos as árvores não crescem de um dia para o outro, levam bastante tempo a crescer, em situações destas em que os furacões são falados a nível internacional, como por exemplo na:
RAI - Rádio Televisão Italiana;
Arté - Televisão francesa;
France 5;
SKyNews;
e muitas outras estações televisivas, que anunciavam já uma situação bastante complicada de possível resolução, atirarem-se só ao atual governo é algo sem nexo, pois que as leis e as árvores levam tempo a construir-se e a crescer, porém, o «emagrecimento» forçado daquilo que se podia pensar que seriam «gorduras do estado», veio demonstrar mais uma vez, que as ditas gorduras estatais, são essenciais, apesar de não parecerem.
Um pinheiro para ter um crescimento adequado leva 20-50 anos a produzir resina que possa ser extraída. As carumas não eram limpas há já anos, porque uma das muitas leis elaboradas, não permite às populações procederem à limpeza das matas como era habitual na década de 60-70m en que as carumas e as pinhas eram retiradas dos pinhais pelos populares, na zona da Marinha Grande. Porém diversas leis foram elaboradas, no sentido de os proprietários de algumas zonas florestais terem que solicitar uma série de autorizações para proceder à limpeza das suas matas. Ora muitas das matas são matas nacionais, sendo o seu proprietário último o próprio estado, tal como o pinhal de Leiria, mandado plantar pelo Rei D. Dinis.
A desarticulação a nível das comunicações via rádio, assente numa empresa privada, não pertença do Estado, veio demonstrar mais uma vez, que certas empresas Comunicações, Electricidade, Transportes, tem que estar sobre domínio estatal, para este poder prever e atuar da forma mais adequada e pensar qual a estratégia a ser implementada, não no amanhã, mas sim nos anos vindouros, tendo que ter em conta, que os acidentes naturais, ciclones, furacões, e todas as possíveis calamidades tem que ser de alguma forma asseguradas. Tal não se processou, e muitos portugueses perderam as suas vidas e os seus bens, bem como o seu próprio sustento.
O problema não é só deste governo, o grande problema é que aceitámos tudo aquilo que várias entidades externas disseram para fazermos, e depois de termos aplicado essas ditas medidas, estamos todos a sofrer as consequências.

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