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segunda-feira, 2 de julho de 2007

Que futuro para as Democracias

Bem quando caiu no mail o pedido de um artigo sobre “Que futuro para as democracias”, fiquei assustadiço, mas por acaso ao ler a Debian 4.0, uma revista espanholita, fiquei com a sensação de ter praticamente o problema meio resolvido.


Aquilo que vou escrever hoje, se fosse a pegar no texto amanhã, já não sairia escrito exactamente da mesma forma. O conteúdo seria o mesmo, mas a forma de a escrever seria outra e talvez completamente diferente.


A frase é batida, é certo, mas diz-nos praticamente aquilo que devíamos por na vida prática diária;


«A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro.»



Assim, se eu tenho liberdade para usar os sistemas que entender, é que melhor se aequam à minha forma de trabalhar, porque é que tenho que ir adquirir um sistema custa uma pequena fortuna, e que o mais certo é eu não utilizar, porque os meus velhos programas não funcionam nele. Se eu tenho a liberdade de escolha, e se vivemos em democracia, então posso escolher livremente, e ao optar por um sistema linux, no caso o Ubuntu, é exactamente pela razão da «liberdade de escolha».


Caímos assim num paradoxo, e o paradoxo é que realmente existe uma certa liberdade para investigar, mas no caso, por exemplo dos medicamentos para a SIDA e para o Cancro, os accionistas das companhias que patrocinam a investigação depois do produto ser lançado no mercado, como é lógico querem o seu lucro, e daí que o medicamento que poderia ter um preço viável, fica tão caro. Ora, democraticamente falando, se os ditos accionistas recebessem um pouco menos de lucro desse dito investimento, até que os ditos medicamentos pudessem ser um pouco mais baratos.


Mas as regras da democracia, não se aplicam por vezes ao mercado «capitalista», onde todas as empresas têm que ter lucros desenfreados, que por vezes chegam a atingir os 70% ao ano, isto não é democracia.


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